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Estudos nacionais e internacionais apontam que a perda total e parcial de dentes pode estar ligada à maior incidência de depressão e comprometimento cognitivo.

O edentulismo, ou seja, a perda total e parcial dos dentes naturais, é um problema global. Nos últimos vinte anos, embora o índice esteja em queda nos países desenvolvidos, continua crescendo em locais menos favorecidos. Por aqui, segundo as estatísticas do Projeto Saúde Bucal Brasil, cuja última edição foi realizada em 2010, a prevalência de edentulismo na população chega a 64,8%, e atinge principalmente mulheres, idosos, indivíduos de baixo nível de escolaridade e de renda familiar. A literatura mostra, ainda, que a população jovem também é afetada, especialmente em regiões com baixas condições sociais.

Consequência extrema de doenças periodontais e cáries, além de prejudicar a aparência, a socialização e até a capacidade de se alimentar e de falar, há indícios de que a falta de dentes possa ser um fator causador de demência e depressão. Essa associação entre edentulismo e comprometimento cognitivo vem sendo estudada no Brasil e no mundo, e foi tema de um estudo publicado neste ano por pesquisadores da Harvard School of Dental Medicine.

Com base em dados de clientes de uma seguradora comercial, o trabalho analisou informações de 156.450 adultos de 65 anos ou mais. Segundo os autores, houve aumento nas evidências que sugerem uma associação entre perda dentária e comprometimento cognitivo nos idosos. Uma das hipóteses é que a diminuição da força mastigatória aplicada ao mastigar sem dentes naturais reduz a estimulação do hipocampo, levando a uma possível degradação da saúde cognitiva.

Dos pacientes analisados, 6,04% foram diagnosticados com comprometimento cognitivo e 5,07% tiveram prótese total em algum momento. Entre os indivíduos com prótese total, a prevalência de déficit cognitivo clínico foi de 10,35%, ante 5,81% de prevalência entre aqueles sem prótese. A prevalência aumenta ainda mais quando são consideradas também pessoas com sinais de comprometimento cognitivo, ou seja, aquelas que não foram diagnosticadas, mas apresentam sintomas. Nesses casos, 16,01% dos pacientes com prótese total demonstram comprometimento cognitivo clínico ou sintomático; no grupo sem prótese, o índice foi de 9,21%.

ALERTA: pacientes com a saúde mental comprometidas tornam-se inaptas a manter uma higiene bucal adequada por si só. Portanto, precisam de maior atenção de seus cuidadores nesse aspecto. Sem esse cuidado, a deterioração e perda dos dentes é inevitável.

É diferente quando nos referimos a um deficiente físico, no caso de deficientes visuais ou motores, que também precisam de cuidados diferenciados, mas o resultado é o mesmo no caso de falta de assistência.

MAIOR RISCO DE DEPRESSÃO

Outro estudo sobre o tema, que analisou a relação entre edentulismo e depressão, constatou que há uma conexão significativa entre as duas condições. Publicado na revista Nature em 2016, os pesquisadores analisaram dados autorrelatados sobre edentulismo completo em questionários padronizados de 201.953 adultos (com 18 anos ou mais) de 50 países que participaram da Pesquisa Mundial de Saúde (WHS) entre 2002 e 2004.

Nesse caso, o edentulismo foi associado a um risco de depressão 1,57 maior entre aqueles com 50 anos ou menos. Mas o índice não foi significativo na faixa etária mais velha. Os resultados mostraram também que mulheres com menos de 50 anos e baixa escolaridade, tabagismo diário e algumas condições crônicas (artrite, asma e diabetes) tinham um risco maior de perda dental.

Um levantamento realizado em 2019 pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), no Rio Grande do Sul também observou um resultado semelhante: idosos com depressão têm risco duas vezes maior de sofrer com a ausência de dentição funcional do que aqueles que não apresentam a doença. Dos 1.451 idosos com 60 anos ou mais entrevistados, 15,2% apresentaram algum sintoma depressivo, 60,9% tinham perda dentária severa e 82,7% não possuíam dentição funcional. “A falta de dentes é causadora de desordem na qualidade de vida dos indivíduos entrevistados, afetando principalmente sua aparência e seu bem-estar”, afirmou o cirurgião-dentista Galileu Galli, autor do trabalho, em publicação oficial da universidade.

Por fim, vale citar uma revisão de 51 artigos sobre o assunto feita em Portugal, em 2016. Nela concluiu-se que a perda dentária não só pode contribuir para o declínio das capacidades cognitivas, como também pode ser uma consequência de doenças cognitivas, visto que é comum a deterioração da saúde oral nesse tipo de paciente.